Resenha - O Morro dos Ventos Uivantes

O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë

Editora: Lua de Papel
Número de Páginas: 292
Classificação:

Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança. “Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff”, diz a apaixonada Cathy. O único romance escrito por Emily Brontë e uma das histórias de amor mais belas de todos os tempos, O morro dos ventos uivantes é um clássico da literatura inglesa e tornou-se o livro favorito de milhares de pessoas.

"Não sei vocês, mas quando eu leio um livro, me envolvo totalmente com a história, o enredo e o momento. Com O Morro dos Ventos Uivantes não poderia ser diferente; terminei de ler o livro há cerca de três dias e ainda me encontro um tanto quanto atormentada com a história dos personagens.

A história se passa em duas propriedades vizinhas, a Granja dos Toldos e o Morro dos Ventos Uivantes. Tudo de se inicia com a chegada de um novo inquilino pra Granja, o Sr. Lookwood, intrigado com a hospitalidade ou falta dela, dos responsáveis pelo local e por um nome que não lhe saia da cabeça, resolveu investigar a história dos moradores. A história é contada pela governanta da casa, Ellen Dean ou Nelly, como você preferir.Nelly conta a história de amor entre Catherine e Heathcliff, e o que isso gerou para seus descendentes. 

O romance presente no livro não é nada romântico, é cheio de ódio, rancor, dor e angústia.Catherine e Heathcliff 'se amam' desde a infância, onde cresceram juntos, no entanto após a morte do pai de Catherine, foram obrigados a se distanciarem, mesmo que isso dilacerasse suas almas e corações. Após um tempo longe, ele reaparece, o que acende a chama de amor e ódio dos dois, quem disse que esses dois sentimentos não andam lado a lado?Um trio amoroso se forma entre Catherine, Linton e Heathcliff, algo que vai fazer a vida deles cada vez mais torturante. Um amor e suas escolhas 'erradas' que podem levar um coração a loucura. Tanto sentimento, passa de geração em geração, trazendo mais dor e amargura aos que já foram e aqueles que ficam.

“ Mas o meu amor por Heathcliff é como as penedias que nos sustentam: podem não ser um deleite para os olhos, mas são imprescindíveis. Nelly, eu sou o Heathcliff. Ele está sempre, sempre, no meu pensamento. Não por prazer, tal como eu não sou um prazer pra mim própria, mas como parte de mim mesma, como eu própria."

Catherine - página 75

Não posso falar muito pra não dar spoiler aqui, mas o livro é realmente maravilhoso e intenso, Nelly, que entregou sua vida a cuidar desses personagens, nos conta a história de uma forma que parece que estamos em sua presença e que fazemos parte de tudo aquilo; com isso odiei alguns personagens em muitos momentos, tive pena de outros, vários sentimentos tomaram conta dessa leitora que vos falam. Ao longo de minha leitura, foi impossível de não lembrar do demônio Lasher de Anne Rice, porque eu poderia dizer que Heathcliff exerce um poder de dominação parecido ao dele.

É difícil acreditar também, que alguém que tenha escrito uma história como esta, não tenha vivido nem uma parte dela. Por isso Emile Brontë é digna de nossa total admiração. Uma pena ter-nos presenteado com somente um livro."

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